segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Sou eu!

Sou eu. 
Sou eu que te falo ao ouvido enquanto dormes. Sou eu que te compreendo durante o tempo que me olhas de olhos fechados. Os teu olhos sorriem, mesmo fechados, sorriem para mim, mesmo quando a tua mente me abandona para vaguear num mundo que é só teu. A tua expressão angelical amolece e amadurece o meu querer. Dava tudo para poder estar nesse lugar só teu, num templo em que os teus sonhos se despem e desnudam desejo adentro. Era nesse preciso momento que eu daria tudo para adormecer e ir ao teu encontro, só assim saberia, ao certo, de que são feitos os teus desejos. 
Deixas o meu mundo em sobressalto sempre que a tua mente te transporta ao imaginário sem fim, a um infinito espaço de tempo em que as minhas emoções são deixadas ao acaso, um acaso meramente temporal, onde cada carinho meu é entregue como se estivesses de coração acordado. A tua alma sabe perfeitamente como me confortar durante a tua ausência, é por isso que não te consigo esquecer, talvez por isso o teu sorriso mora nos teus lábios todas as vezes que adormeces no meu abraço. Sou eu que te embalo antes da tua partida, sabias? 
Sou em que te afago o rosto; sou eu que te beijo as bochechas rosadas; sou eu que te ajeito o cabelo amassado pelo vento; sou eu que te cubro os ombros que teimam em fugir dos teus irrequietos lençóis; sou eu que te sussurro ao ouvido antes que o sono profundo te conquiste. Eu sei que me sentes, tenho a certeza, os traços sorridentes do teu rosto falam por si, consigo vê-los a esta distância, porque nem uma distância de mil mundos poderá separar-me de ti. Hoje espero por ti no mesmo lugar, aquele que é só teu e que somente eu..., posso aconchegar.

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